Podemos realmente ser felizes?
Pode acontecer colocarmo-nos esta pergunta: é possível a felicidade?
Podemos, nós, homens - com todo o mal que experimentamos, na nossa existência - ser realmente felizes?
Pois bem! A resposta da sabedoria dos homens de todos os tempos, ou seja, dos filósofos, assim como a resposta de Deus que lemos no Livro Sagrado, a Bíblia, é muito clara: a nossa meta, traçada pelo próprio Deus, mestre da nossa vida, é a felicidade. Exactamente!...
Cada um de nós tem não só o direito, mas o dever de ser feliz; tem o dever de construir a sua própria vida para que o seu ser brilhe de felicidade. Deus quer assim; quer-nos felizes!
Em "Guerra e Paz" de Tolstoi, a protagonista diz ao jovem por quem está apaixonada: "Ordeno-te que sejas feliz". Isso mesmo: nosso Pai, que está no alto, diz a que nossa função é ser feliz.
Nesta terra, porém, não se encontra a verdadeira felicidade; não podemos evitar todos os males que tememos; não podemos alcançar todos os bens que desejamos.
Mas, então, deve existir, certamente, uma felicidade para além da vida que vivemos, na terra. De facto, seria absurdo que o Criador tivesse colocado nos homens - em cada homem - uma aspiração tão firme por algo que não existe.
Afinal, à necessidade de comer, que sentimos em nós, corresponde um alimento; à sede, algo para beber; à necessidade de ver correspondem a luz e aos objectos que ela ilumina.
Assim, à necessidade que existe em nós de felicidade, deve corresponder, exteriormente, uma real felicidade.
Para ter a certeza de ter esta felicidade, precisamos de fazer o que nos é sugerido pelo próprio Deus: devemos cumprir a Sua vontade e servi-l’O.
Servi-l’O significa, efectivamente, amá-l’O: amá-l’O com as obras.
Se nos colocarmos no caminho luminoso do amor de Deus, todos os outros belos amores da vida reabrirão, pouco-a-pouco, na perspectiva mais justa e tranquilizadora.
Porque bem o sabemos: na alegria de amar está a alegria de viver.
(Tre minuti per te)