Procurar a Deus.

A procura de Deus pode ser entendida de duas maneiras: uma, implica o próprio Senhor; a outra, implica ou pode implicar os homens.

A Bíblia é, precisamente, uma longa e dramática narrativa de como Deus e os homens se procuraram com êxito, se encontraram ou se desencontraram.

Procurar a Deus é para todos os homens. No Antigo Testamento, um texto emblemático do Deuteronómio descreve Israel, na futura condição de catástrofe nacional, no exílio. “...Então procurarás o Senhor, teu Deus, e o encontrarás, contanto que o busques de todo o teu coração e de toda a tua alma.... Investiga os tempos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o ho¬mem na terra, de uma extremidade dos céus à outra...” ( cf. Deut. 4, 29-32)

Procurar, interrogar exige a inteligência (na linguagem bíblica, ‘coração’) e toda a existência (‘a alma’). Implica um encontrar seguro, do início aos fins dos tempos, sempre. Mesmo durante o exílio (séc. VI, antes de Cristo), um profeta misterioso, proclamou, em verso, “procurai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto” ( Is. 55, 6).

A expressão litúrgica, cantada e vivida por Israel, é apresentada nos Salmos, por ex. Sal. 24, 6; 27, 8. “Se penso em Ti, o meu coração diz: ‘Procurai o meu rosto’. Eu procuro o teu rosto, Senhor.

Procurar o rosto divino significa querer viver como o Senhor, na comunhão e na oração, com Ele já encontrado e possuído.

Padre Rotondi, Crescere, nº Março/Abril 1976

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