Arrepender-se.

A exigência da penitência é característica da religião, primordial e universal. Ritos de penitência encontram-se em todas as religiões. Mas, a Igreja tem uma ideia muito especial da penitência. Se, para muitas religiões, a penitência que produz a salvação é um esquecimento, um esquecimento profundo e radical, um acontecimento pelo qual alguém se torna diferente do que se era antes, um acontecimento que nos oprime e nos insere num novo ciclo... para a Igreja, a penitência é uma mudança espiritual, consciente e livre, uma ‘metanoia’ - como diziam os primeiros Padres da Igreja - da fé, uma mudança da mente, obtida com uma profunda reviravolta do pensamento, do sentimento e do querer.

Não se trata de beber no rio do esquecimento ou de dormir o sono milagroso, parente próximo do sonho inconclusivo. Trata-se, pelo contrário, de tomar consciência de todo o nosso ser, do nosso agir, do nosso sentir e do nosso amar, para obter o seu autêntico significado e orientá-lo, conscientemente, para a salvação, que é o Amor de Deus.

(Così, semplicemente 1. Dio, pág. 198)

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