“...Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Levantando-se, voltaram, imediatamente, para Jerusalém...” (Luc. 24, 32-33)

O perdão é um acto de benevolência com o qual oferecemos um dom extraordinário. De facto, dirigimo-lo a quem quis ou procurou o nosso mal (pequeno, grande ou muito grande). Queremos o seu bem e, antes de mais, a sua paz interior. Isto significa que quem perdoa não pode pensar que está a encorajar o malfeitor a continuar a fazer o mal.

Sentado à beira de um poço está um Homem. Talvez nunca te tenhas apercebido disso, até agora… Por isso, parece-te que não o conheces. Olha para ele!... Verás que aquele Homem também olha para ti: tem algo que os outros não têm: dois olhos, cheios de doçura, que te fitam e que são "amigos"; que penetram até às profundezas da tua alma e parecem querer pedir-te alguma coisa.

Entre os ‘sinais dos tempos’ há um que diz respeito à possibilidade de aproximação, de união, de unidade entre as diversas Igrejas cristãs: é o clima do diálogo instaurado e amadurecido por ocasião e à luz da recente celebração conciliar.

O ano está a terminar e nós devemos agradecer-Te, ó Senhor. Sublinho a palavra ‘devemos’ porque, quando a escrevia, estive quase tentado a não a dizer ou, apenas, a referi-la de passagem, sem tomar posição.

“...O homem – a pessoa humana – constitui um todo único, uma unidade inseparável; mas, esta é composta: compõe-se de um corpo que é ‘matéria’ e de uma alma que é ‘espírito’. As faculdades da alma operam através de determinados órgãos do corpo: se estes funcionam mal ou se, de facto, não funcionam, a vida da alma aparece como que paralisada.

Dizer ‘obrigado’: dizê-lo sempre, mesmo se nos oferecem um pouco de água, uma bugiganga, uma ninharia. Dizer obrigado, com delicadeza, com o sorriso que desponta nos lábios porque nasce no coração; dizê-lo, dando a entender que não temos direito a nada, nem sequer a qualquer ninharia que nos ofereçam.

Devemos evitar dizer palavras que ofendam a verdade. Cristo é a verdade: ofender a verdade é ofendê-l’O. A verdade é ofendida, é claro, com a mentira; ofende-se dando o tom de certeza ao que são, simplesmente, as nossas opiniões; ofende-se reagindo, contradizendo alguém, quando temos a certeza de que nosso interlocutor está a falar a verdade, está a dizer o que é justo. Devemos evitar dizer palavras que ofendam a caridade.

Eu sou o Teu servo, com todos os deveres de um servo. Eu sou Teu “servo”: não “ocasionalmente”, não adquirido, não comprado, mas por natureza; de facto, sou filho da Tua serva; nasci em estado de serviço; sou servo a partir do primeiro momento do meu existir; sou “todo” servo; tudo em mim é para o Teu serviço, destinado ao Teu serviço.

Jesus subiu para uma barca e os discípulos seguiram-n’O. De repente, levantou-se uma tempestade, tão forte que as ondas cobriam a barca. Enquanto isso, Jesus dormia. Então, os discípulos gritaram: "Senhor, ajuda-nos!...Estamos perdidos!" E Jesus perguntou: “Por que tendes medo? ”(Mt. 8, 26). Jesus dirigiu-se, imperiosamente, ao mar e ao vento que se acalmaram, imediatamente.

Não podemos imaginar o que provocou, na alma de muitos, a pregação dos Apóstolos que andavam pelo mundo a dizer: “…Por isso, os homens reconhecerão que sois discípulos de Cristo, se vos amardes uns aos outros, como Ele nos amou; Ele amou-nos até dar a vida por nós, na Cruz…” Quem nos ama até ao fim, ama infinitamente, como o Pai O amou.

Nos Jovens do Movimento Oásis, a devoção a Maria aparece, evidentemente, central; mas, é sólida porque teologicamente exacta: nesta devoção, nada nos impele a desviar o olhar de Jesus.

Falando do carisma do nosso movimento, afirmo que é o de colocar os jovens na atitude de resposta afirmativa a qualquer que seja o chamamento de Deus e da Igreja, usando todos os meios (cursos, encontros individuais). O carisma é concedido, sempre, por Deus em ordem a um serviço que não diz respeito, propriamente, à pessoa que o recebe, mas à comunidade eclesial.

São José é um extraordinário modelo de como se pode e deve trabalhar, ocupando-nos, diligente e inteligentemente, para conseguir o que quer que seja; para obter, porventura, muitas coisas. Mas, como se tudo dependesse apenas de nós: não pedindo intervenções divinas, intervenções milagrosas. Obviamente, pedir-lhe-emos que nos ajude e nos defenda: mas, sempre, evitando certos tons, certas insistências, certos protestos em caso de atrasos, em caso de aparentes recusas.

Ouvimos repetir, muitas vezes, que o nosso tempo é um tempo sem esperança. Parece, de facto, que nas gerações jovens, ou ao menos numa parte dela, o mundo da confiança e da esperança se desfez, o cepticismo propagou-se e a fonte da vida esgotou-se.

Sabes que, no Inverno – quando a natureza, despida de todo o seu fascínio, envolvida num sudário de neve – somos levados, mais facilmente, a voltarmo-nos para as fontes do coração, para alcançar a alegria