Fim de semana no Oásis, 17-19 de dezembro.

Estamos sempre a dizer que não temos tempo embora saibamos que isso não é verdade, talvez nos estejamos a esconder daquilo que não queremos abraçar, arrisco-me até a dizer que talvez o façamos por termos medo, medo de não sermos suficientemente bons aos olhos de Deus. E se fosse connosco, se nos dissessem não? E se Deus nos dissesse não? A verdade é que no fim de semana de 17 a 19/12/2021 tive a oportunidade de participar num retiro do movimento Oásis. Já estava para o fazer há algum tempo, e no meio de tantas desculpas tinha chegado finalmente a hora, hora essa em que percebi o quão distante de Deus estava.

Devo dizer que ao início estava um pouco apreensiva, não conhecia quase ninguém e a intensidade com que todos viviam O SIM A DEUS, fez-me questionar tudo, porque eu sabia que não podia dizer que nunca tinha dito não a Deus. Quando me pediram para escrever sobre a presença e a contribuição do Espírito Santo para a minha vida o problema tornou-se ainda maior, eu ainda não o tinha sentido, mas se há algo que aprendi é que a caminhada vai-se fazendo aos poucos, as respostas estão lá ainda que só sejam desvendadas há medida que crescemos na fé. Mas o mais importante e que realmente me marcou foram os testemunhos que ouvi.

Até lá sempre achei que tinha que haver um chamamento, uma vocação, mas estava errada, Deus fala connosco nos pequenos atos, por mais simples que sejam, mas é preciso estarmos atentos, ouvir não basta é preciso escutar, é a diferença entre apenas ouvir alguém ou aprender com as suas palavras. Subir ao monte que se encontra atrás da casa, fez-me ver o quanto Deus se preocupa comigo, podia não ter tido a sorte de ver as árvores crescer, de ouvir os pássaros a chilrear ou de sentir o vento a soprar no meu rosto, mas Ele guardou o melhor para nós, por isso, resta-nos retribuir com aquilo que temos e com o que não temos.

Como alguém me disse uma vez nós somos os três porquinhos, ainda que numa versão diferente. A diferença entre estes porquinhos são os seus olhos, abertos, fechados ou semifechados, mas fosse de que forma fosse de uma coisa eles tinham a certeza, seriam amados incondicionalmente pela sua mãe, neste caso por Deus, apesar de nem sempre o seguirem, apesar de errarem por não terem sido capazes de abrir os seus olhos. Quanto ao porquinho que somos, isso muda de dia para dia, e se há algo que me ensinaram é que o mais importante é ser resiliente, é impossível chegar onde quer que seja se não nos permitirmos antes errar, às vezes é preciso cair alguns degraus para continuar a subir!

Obrigada Beatriz pela tua partilha, assim como à Antónia, à Ana Maria, ao Carlos, ao Gonçalo, à Joana, ao Zé e à Rita e a todos os outros que fizeram deste retiro uma experiência que jamais esquecerei, e por me terem recebido na sua casa.

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Encontro 17-19 de Dezembro – a nossa experiência.